O tal do morfema zero (Ø)....
Vamos falar de Morfema Zero (Ø)??
Segundo
Kehdi (2008), existem algumas condições que devem estar presentes
para que se possa admitir o morfema zero (Ø). Inicialmente, é
necessário que o morfema Ø corresponda a um espaço vazio; a
seguir, é preciso que esse espaço se oponha a um ou mais segmentos;
finalmente, o morfema Ø deve exprimir uma noção que é peculiar à
classe gramatical do vocábulo em questão.
O
morfema
zero acontece
quando
a palavra não possui uma letra para indicar a flexão.
Exemplo:

Na
tirinha, a palavra lápis contém um morfema zero.
A
palavra não há marca indicativa de número, o que nos daria a noção
de plural ou singular seria a presença de algum artigo ou o contexto
da palavra. Percebemos que fora do contexto sentimos falta de um
morfe, que indica se a palavra se refere ao plural ou singular.
Outro
exemplo: a palavra amávamos e amava
A
palavra amávamos temos a raiz, vogal temática, modo-temporal e
sufixo número-pessoal. Já amava temos só o sufixo modo-temporal,
que fora do contexto não sabemos se faz referência a primeira ou a
terceira pessoa do singular.
Referências:
CAMARA J.r., Estrutura da língua Portuguesa. Petrópolis: Vozes, 1981.
PETTER, M. M. T. ";MORFOLOGIA". In: FIORIN, J. L (org) Introdução à linguística (vol.
2). São Paulo: Contexto, 2005.