segunda-feira, 5 de maio de 2014

O tal do morfema zero (Ø)....

Vamos falar de Morfema Zero (Ø)??

Segundo Kehdi (2008), existem algumas condições que devem estar presentes para que se possa admitir o morfema zero (Ø). Inicialmente, é necessário que o morfema Ø corresponda a um espaço vazio; a seguir, é preciso que esse espaço se oponha a um ou mais segmentos; finalmente, o morfema Ø deve exprimir uma noção que é peculiar à classe gramatical do vocábulo em questão.
 
O morfema zero acontece quando a palavra não possui uma letra para indicar a flexão.
 
Exemplo:




 
 Na tirinha, a palavra lápis contém um morfema zero.
 
A palavra não há marca indicativa de número, o que nos daria a noção de plural ou singular seria a presença de algum artigo ou o contexto da palavra. Percebemos que fora do contexto sentimos falta de um morfe, que indica se a palavra se refere ao plural ou singular.
 
Outro exemplo: a palavra amávamos e amava
 
A palavra amávamos temos a raiz, vogal temática, modo-temporal e sufixo número-pessoal. Já amava temos só o sufixo modo-temporal, que fora do contexto não sabemos se faz referência a primeira ou a terceira pessoa do singular.

Referências:

CAMARA J.r., Estrutura da língua Portuguesa. Petrópolis: Vozes, 1981.
PETTER, M. M. T. ";MORFOLOGIA". In: FIORIN, J. L (org) Introdução à linguística (vol. 
2). São Paulo: Contexto, 2005.